Anna Soares & Fábio Marmirolli

Tudo começou com um "oi" no Tinder em um domingo à noite de plantão.
Esse único "oi" acabou virando sequências torrenciais de 50/100 mensagens (e não é ironia) com cada uma delas sendo cuidadosamente respondida quando um tempinho entre trabalho e obrigações permitia.
Não muitos dias depois a vontade de conversar era muito maior que a paciência de esperar que tantas mensagens fossem respondidas e a gente acabava fazendo listas e mais listas de assuntos pendentes, com um interesse infinito de saber mais um do outro.
Demorou pouco menos de dois meses para que o primeiro encontro acontecesse - no meio da pandemia, com o futuro noivo médico, absolutamente contra todas as normas de segurança razoáveis de encontros virtuais (não recomendamos, mas sim).
E apesar da inibição de um primeiro encontro, aquele primeiro date com queijos e vinhos em uma sala quase sem mobília teve um sentimento diferente de todos os outros, como se já nos conhecêssemos há muito tempo e só estávamos esse tempo todo esperando um pelo outro.
O sentimento foi tão forte e os dois já estavam tão emocionados e entregues que o - pior pedido - de namoro veio 21 dias depois desse encontro e daí pra frente a vontade de se ver nunca diminuiu e um dia na semana viraram dois, que viraram três, que viraram quatro, que viraram a vontade de estar juntos para o resto da vida.